sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Monó nem tão logo

E despejando no luar da alma nosso perdão colocamos a frente de nossos corpos nossa invalidez e nossa surdez para o infinito

despedaçamos nossos mundos em pedaços de carvão e queimamos nosso espírito na fogueira da eternidade

balbuciando leves palavras dentro do peito deixamos que nossa graça seja feita no altar de nossa vitória rodeando nossa grandeza com o ar de nossa loucuras

saciando nossos desejos

deixando claro nossa partida ao portal de nossas conquistas.

Abençoado seja-vos-nos pelas traduções de nossas insanidades

derretidas igual a piche na estrada da liberdade

no bem querer da minha perdição

nas desculpas que dou para o gozo satisfatório da minha escolha de vida

pendurando nas cordas invisíveis do Universo as peles que me esculpiram

vomitar de volta sua paranóia que a mim não serviu de exemplo

muito obrigado, ficarei satisfeito com meu coração não preciso de mais nada.

Aonde estariam nossos delírios se não pudéssemos trocar os devidos olhares pelo suspiro da alma? Não apenas lhe penetrar pelos olhos, mas lhe tocar com o espírito, lavando nossas impurezas com o tempo divino do nosso Amor, recompensando nossa vida perdida com uma vida de verdade.

Deleitar-me no sonho de uma Nova Era subordinar meu próprio cérebro com a promessa da minha felicidade e do meu otimismo inabalável num furdúncio de julgamentos e corações machucados de amor desenfreado causado pela cega inocência da natureza perfeita.

Um Amor indiscutível e indestrutível...

por isso compreender o Amor é a melhor trilha da estrada da liberdade
O que seria de mim se não fosse eu mesmo para dizer isto tudo a mim e contradizer meus erros envergonhando-me no íntimo do meu dia-dia?

Um indivíduo escrevendo sobre si procurando labirintos intermináveis para deleitar-se em trocadilhos de si mesmo, jorrando explosão de vida e desabafo sincero mas ainda contentando-se com um relatório vago servindo de lição para que os momentos tenham seus registros em suspiros de boa vontade e esperança, em delírios de amizade e Amor.

assim caminho eu contando coisas a mim
sendo feliz da vida com tudo que preciso para viver em paz.

domingo, 12 de outubro de 2008

Autotexto

Nada mais completo e concreto que eu rezar meu credo e carregar minha cruz depois de lapidá-la.

Queimar todos os papéis e trocar de identidade começar um novo ciclo de amigos e tornar-me o melhor naquilo que me dedique a fazer como função de toda uma vida qualquer que eu escolha e ponha um nome.

Ter todos os signos ser todos os amores todos os amantes e todos os poetas calados, mergulhar em todas as vidas tronando-me todas elas ao mesmo tempo, mas sempre carregando comigo minha cruz, rezando em silêncio meu credo que a todo momento está ecoando em meu coração matando a saudade de minh´alma de ser feliz livre e existir por si só por ser o que É.

Mas é com a mesma identidade que vou, adoto um só signo, um só ser tropeçando em ovos feliz da vida.

Não importa o que eu faça com estes papéis, com estes nomes...

Não importa o que eu justifique para um nada que não me vê, não me sente, não sabe quem sou.

São afirmações para mim mesmo que aliviam meus sentimentos de culpas infinitas sobre infinitos casos e situações da vida, um auto-consolo interminável que chega a causar náuseas e dores nas costas! Poupe-se-me por favor!!!!!

E é melhor poupar os amigos também.

Dá vontade de morder o texto até arrancar sangue dele encher ele de porrada e tacar fogo sem dó.

PORQUE ÉS TÃO RIDÍCULO DESABAFO INCOMPETENTE?

Acho que sei por que...

És verdadeiro, tem um gostinho de carência mas trilha o caminho da liberdade, divide-se entre todos os amores mas resume tudo em UM SÓ, um desabafo inocente que pode ser visto como algo incompetente ridículo ao olhar crítico de quem lê.

Um texto que se auto-analisa e se auto-perde no não-tempo se auto-destrói em opiniões cegas, livres e felizes. Graças a Deus!