domingo, 12 de outubro de 2008

Autotexto

Nada mais completo e concreto que eu rezar meu credo e carregar minha cruz depois de lapidá-la.

Queimar todos os papéis e trocar de identidade começar um novo ciclo de amigos e tornar-me o melhor naquilo que me dedique a fazer como função de toda uma vida qualquer que eu escolha e ponha um nome.

Ter todos os signos ser todos os amores todos os amantes e todos os poetas calados, mergulhar em todas as vidas tronando-me todas elas ao mesmo tempo, mas sempre carregando comigo minha cruz, rezando em silêncio meu credo que a todo momento está ecoando em meu coração matando a saudade de minh´alma de ser feliz livre e existir por si só por ser o que É.

Mas é com a mesma identidade que vou, adoto um só signo, um só ser tropeçando em ovos feliz da vida.

Não importa o que eu faça com estes papéis, com estes nomes...

Não importa o que eu justifique para um nada que não me vê, não me sente, não sabe quem sou.

São afirmações para mim mesmo que aliviam meus sentimentos de culpas infinitas sobre infinitos casos e situações da vida, um auto-consolo interminável que chega a causar náuseas e dores nas costas! Poupe-se-me por favor!!!!!

E é melhor poupar os amigos também.

Dá vontade de morder o texto até arrancar sangue dele encher ele de porrada e tacar fogo sem dó.

PORQUE ÉS TÃO RIDÍCULO DESABAFO INCOMPETENTE?

Acho que sei por que...

És verdadeiro, tem um gostinho de carência mas trilha o caminho da liberdade, divide-se entre todos os amores mas resume tudo em UM SÓ, um desabafo inocente que pode ser visto como algo incompetente ridículo ao olhar crítico de quem lê.

Um texto que se auto-analisa e se auto-perde no não-tempo se auto-destrói em opiniões cegas, livres e felizes. Graças a Deus!

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