quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Coringas Urbanos

Os desabafos intermináveis dos corações despedaçados, um frenético cospe cospe de palavras do tagarelar humanóide bate estaca, um sentimentalismo perdido em folhas de caderno e melodia tediosa sentido único à contradição abestalhada de uma confusão juvenil e previsível, assim como estas linhas, assim como qualquer desabafo atirado ao vento.

Do que necessitas homem? Mais "empurra empurra"? Precisa de mais esta gostosinha para lhe lamber os pés e morder os mamilos?

Uma companheira? Uma parceira que lhe console, que lhe de carinhos e seja fiel até seus fios de cabelos livres e leves, uma mulher que faça um papel de amiga em sua vida?
Praticamente uma "psicóloga/ouvinte/dona de casa/amiga/mulher = esposa".

Ou uma coroa cheia da grana? Para comprar mais refrescos a seu ego, limpar sua bunda quando estiver saindo do banheiro, jogar talco na sua bundinha branca exposta pelas laterais da sunguinha de couro?

Quando finalmente irá precisar de ti mesmo homem?

Quando irá parar de depositar suas ricas moedinhas de felicidade nos outros e finalmente engolir suas próprias moedinhas e ser feliz a sua maneira?
Até quando irá banalizar a felicidade, banalizar sua própria raça?

P
irulitinho vicioso mais escrotinho este que foi inventar para chupar a vida toda e ter a maior cárie do universo que irá corroer sua boca e arrancar seus dentes pela raiz fazendo com que cuspa um por um na própria cova que cavou aguardando por seu sono moribundo num cochilo interminável.

Belo regurgitar de porcarias terei eu também por sustentar a tanto tempo tanta nojeira e colaborar com um tanto de outros vícios indesejáveis da humanidade, reconheço minhas falhas humanóides e me contradigo em textos idiotas TENTANDO não dar satisfação a ninguém sobre nada, e olha aí o que eu faço...

Quantas listas infinitas não faríamos se fossemos definir em palavras a felicidade pessoal de cada um? O que é felicidade para mim, pode não ser para você, um mais um igual a três, a felicidade está em tudo basta desviar de vez o mecanismo do seu olhar programado e "alternativar" seu olhar livre, ou quase isso...

O que seria de alguns se não fosse seus palquinhos particulares para interpretarem sobre a terra sua trajetória limitada em informações baratas e explicações (desculpas) sem fim, protagonistas eternos de novelas e seriados americanos.

Ninguém está mais certo, ninguém está mais errado, só existem os mais felizes e os mais tristes, na verdade desta felicidade e na profundidade desta tristeza é que se tira o coringa do baralho, aquele que junto com outros coringas iluminam a orbe terrestre e aquele que junto com outros coringas atrasam a vida dos outros e forjam sua alegria barata, enquanto as outras cartas do baralho se embaralham como malucas se rendendo a tipos variadíssimos de coringas urbanos.

As vertentes intermináveis da estupidez humana e seus vícios especiais, ninguém escapa porém fica a critério de escolha sofrer e espernear ou passar de cabeça erguida e sorriso no rosto por todas as naturais quedas da vida.

Geralmente gostamos é de fazer uma mistureba disto tudo e salve-se quem puder.

Talvez seja este o jeitinho mais Brasileiro mesmo, com samba no pé e roda de viola alguns sem medo de apitar para o juiz e literalmente mandá-lo a merda, enquanto outros ainda lustram suas chuteiras e dão tapinhas agradáveis em suas bundinhas.

Ó homem dono de tudo, quando irá finalmente comprar a si mesmo sem dinheiro e numa explosão calorosa de milagre natural encontrar seus sentidos e abrir os olho da Vida sem medo de perder seus brinquedos preciosos?

Sem este blá blá blá massacrado sobre o que é ou não Deus e seus Deuses?
Quando irá finalmente guardar Deus para você?

E eu? Quando finalmente irei parar de suplicar qual boi gordo no pasto do matadouro?
Até quando farei perguntas sabendo das respostas e escorregarei feito criança nos vícios mais banais que por minha própria culpa me condenam e me machucam de diversas formas sendo alimentados a cada minuto?

Não ser tão específico talvez seja uma fuga para expressar a bizarrice deste labirinto de emoções sem ser tão infantil e meloso.
Gostaria que em tempo integral eu fosse mais parecido com meus abraços carinhosos e profundos, mas já que escolhi o caminho da naturalidade sigo aprendendo a aprender, dando topadas em minhas pedras de conceitos e ideologias...

Tudo (e mais um pouco), por uma vida no Planeta Terra...

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