segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Ok...

O som do não som do não nada, um sim no escuro, um abraço confuso e outras virgulas envergonhadas.
Uma faísca no nada dos nadas, um passo que se deu sem ninguém perceber, sem se mexer, coincidências a parte, milagres a venda, infinitos destinos a nossa escolha, basta inventarmos uma boa história e todos sairão felizes...

E
nossa esperança estava na construção de um castelo que abrigasse nosso futuro, toda frente seria colorida e lá dentro recheado de seres saltitantes alegres com si mesmos e seus mundos particulares.
Me enchi de sorrisos e olhares restando então o silêncio e os destroços de antigas esperanças.

Entendes meu apelo? Diz ter idéia de como é caminhar no labirinto infinito dos sentimentos, diz mergulhar no olhar e ter vontade até mesmo de cuidar, mas entendes o apelo daquele que se perde ao se encontrar e se encontra ao se perder? Por isso as vezes parece ser uma tristeza, mas não é, são pequenas decepções daquelas que aparecem a vida inteira, passa rápido e dói na barriga mas como tudo que vem das pessoas passa e depois esqueço...

É
trilhar o caminho do Amor com alegria indescritível e infinita, porém com os olhos abertos e OCFNM (Opinião em Constante Formação Não Manipulada).

V
amos inventar nome para as coisas e virar a noite escrevendo no papel, perdendo-se nas expressões das nossas almas através de nossos olhos tocando sem tocar nossos corpos calados nas noites nossas sozinhas em que paramos de nos chamar pelo nome e somos apenas nós mesmos, sem ideologias, sem religiões, sem grupos, sem amigos, sem família, sem livros, sem mestres, sem tudo, sem nada...

Experimentemos nossos gostos doces e amargos e deixemos o banquete para o tempo que escolhermos viver.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Jardim do Sol do Novo Amanhã

Senta! Diga! Leia! Veja! Diga-lhe o que faze-lhe para ser-lhe elhe mesmo!

Venda seus desejos ou troque-os por descontos em nossos produtos em queima de estoque!
Aperte minha mão e veja meu sorriso delicado repicante no teu cerrilhar de olhares charmosos flertando-me como um sapo a espera da mosca verde e gorda.
Não podemos ficar sonhando enquanto o mundo cai baby, temos que beliscar nossas bundas de vez enquando e admito estar abandonando certos conceitos que causam arrepios de dúvidas em meu coração, além de cócegas na garganta chegando a levar-me a questão falida do ceticismo covarde e conformista, seja lá o que for que eu faça ou tenha feito para banhar-me em liberdade é o que EU faço na medida do possível dentro de meus 10% de capacidade mental...

Um murro que estava sendo concentrado a 49 anos por um samurai foi finalmente dado contra o tambor do mundo quem quiser que siga seus sinais entre as veredas cintilantes no Topo do Alto do Céu ou ergam suas espadas e arranquem suas próprias cabeças que rolarão uma escada de 999 andares e cairá num lago de cisnes e tartarugas pescoçudas, serenas e sorridentes porém carnívoras.

A autenticidade grita e esperneia rasgando sua barriga como um alien sedento por cérebros frescos, ou agarra esta verdade e segue com asas sua rota ou entra no balanço e cai no conto do samurai que nem patinho feio e abandonado.

Eu com eu dá nesta salada de repolho com agrião, rúcula, azeitonas pretas e tomates, tu com tu completa meu sanduba e agente passa a noite toda digerindo esta larica tão esperada e tão especial sou Eus Vocês e Nós toda opinião é bem vinda todas as leis são discutidas, esclarecidas, e por fim finalmente esquecidas sejamos UM SÓ nesta larica por conhecimento universal!

Vamos digerir nossos mundos juntos e compostar no Jardim do Sol do Novo Amanhã.

sábado, 13 de setembro de 2008

Sem mais; atenciosamente...

Adeus adeus...

Deixarei que respire todo o ar que puder sem pressa
E que veja-se livre da aflição da minha boca
Deixo seus abraços soltos e sua pele macia entregue
Largo na porta dos fundos uma caixa cheia de olhares meus
Uma jarra cheia da minha saliva misturada com meu suor, para que se banhe de minha ausência e de meus desejos

Transbordando dos olhos o medo da confiança
O retropasso do abismo de perdições apaixonantes
O silêncio barulhento de minhas mãos em seu corpo nu e parado
Seus lábios estáticos e seu abraço dormente pedindo por socorro em meus ombros

D
eixo a ti todas as cartas que nunca escrevi e minhas declarações espontâneas
Meus suspiros e meus gemidos ofegantes estão debaixo do tapete da sala dentro de um envelope velho
Queimei meus documentos e enterrei as cinzas no quintal
Troquei todas as janelas por papel celofane e lhe deixei um tanto de esperanças mal compartilhadas
Um punhado de vontades frustradas penduradas no varal
Entupi a privada de sonhos e promessas
Desmontei todos os móveis e eletrodomésticos que tinham na casa e montei uma escultura interessante para você lá na garagem

Quando você ler esta carta talvez eu já esteja bem longe;
mas quero que saiba que estou bem...

Já providenciei outro coração para caber um pouco mais de todo este amor despedaçado
Costurei meu nome e o seu dentro da barriga de um homem-bomba e joguei ele do terraço do prédio que sua mãe mora, saí de lá nu para que não desconfiassem do meu caráter e colei a foto mais bonita do nosso casamento em minhas nádegas transpirantes

Vomitei nossas juras de amor num copo de requeijão e deixei na caixinha de cartas
Escrevi um poeminha legal pra você e compus uma bossa das mais chatas e manjadas
Vendi nosso carro por dez mil reais e amarrei cada realzinho em portões e postes por aí

Quanto as marcas de sangue no chão, não se preocupe, furei meus olhos com a caneta para poder aprender mais sobre a vida e agora posso nos ver muito melhor

Já sinto saudades, por tanto estarei lhe enviando toda esta saudade por sedex dentro de pouco tempo e irei te ligar para ouvir sua voz séria e sexy cospir meu nome no chão

Espero que não esqueça que te amo como água

Adeus adeus
desate o nó do seu umbigo

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

MEU individualismo consumista, egoísta e nojentinho

Vou sacar da minha bolsinha mágica...

Todos os meus desperdícios
Todo meu suor
Toda minha preguiça
Todo meu sono
Toda minha herança
Todos os meus herdeiros
Todas as minhas doenças
Todas as minhas curas
Todos os meus sonhos
Todos os meus pesadelos
Toda minha tortura
Toda minha aflição
Toda minha liberdade
Todo meu lixo
Toda minha discórdia
Todas as minhas palhaçadas
Todos os meus sorrisos
Toda minha depressão
Toda minha coragem
Todos os meus reais
Todo meu medo de ver além de mim e minhas coisas

Vou compra-lo a preço de nada!
E VOU VENDER SUA VIDA!!!!!!!!

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Boas Nossas

Ao invés de fritar os olhos frente a este tubo/quadrado brilhante
Derreto meus olhos em ti ser vivo
Absoluto do meu absoluto
Explicação minha para minhas próprias variáveis
Desilusão deste corpo enfermo, assustado e encolhido
Besuntando meu corpo com essência de pêssego
Banho-maria na ilusão da auto-superação
Se auto-suportar/auto-superar
Suporte-se/supere-se
Sem dramas ideológicos e navalhas na carne
Um turbilhão de boas novas que depende da boa vontade agarrá-las
Controlando meus desejos para lutar contra "meus" princípios ideológicos
Me livrar de todas as correntes
Explodi-las com os pulsos e pernas como uma cena do Conan
Cantar até vomitar o pulmão para fora, recolher do chão fazer um sanduíche e comê-lo até cantar novamente com o mesmo pulmão em frangalhos
Calar-me ao enfrentar-me, aceitar-me ao entender-me, entender-me ao encontrar-me quando enfim admitir partes do que penso ser esforçando-se para SER EU.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

ESTRADA DE ASPIRAL

Meu nome é Bruno

Bruno Piriguet´s da Silva

Você me entende e ama, me confunde e me arruina
Me estoura em jatos brilhantes de dor e conflito
Me estupra em linhas de beleza e espetáculos amenos de felicidade
Um poeta um perseguido por si mesmo em turbulência invisível
Pular de poltrona em poltrona meu bisturi de negações
Abestalhado sem saída iludido de vida em vida
Todo torto!!!!
Todo estranho!!!!
Nenhuma ligação e eu me entendo e me amo
É aonde moro, entre a esquina da dor e a avenida do amor
Você pensa que sem carinho os castelos da beleza se desmancham beira mar sem oceano
Você acha que subo e desço a rua da amargura gritando seu nome rodopiando até cair de braços abertos
Olho virado para cima gemendo seu apelido pelos becos e derretendo o vapor do seu abraço no meu colo
Acha que fico correndo pelos cantos arruinando meus ruidos de alegria com o veneno inocente da sua beleza
Olha aonde eu parei...
Eu vou para aonde eu quero
Pés descalços e repletos de bolhas de desapego
Perguntas que não valem nada esquecidas no turbilhão da fortuna guardada por soldados mutantes e multimilionários atrás das portas douradas da esperança

Toc toc toc...

Tem alguém ai ainda?

Alguém ficou para meu ouvir?
Alguém ai nunca amou alguém e esqueceu que não se deve ligar para o que se diz?
Ou o beijo é o instante "Y" da sua vida?

Aaaaa pare com isso! Olha bem pra minha cara!!!!

HAHAHAHAHAHHAHAHAHAHAHHAHAHAHA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Como agente é engraçado!!!

Vamos nos abraçar e nos misturar eternamente como fondue de chocolate com leite moça nozes caju e castanha
Vamos abraçar todos os nossos amigos e entrar na barriga deles pelo umbigo rodar lá dentro como um golfinho rodopiando de alegria eterna entre algas de cócegas e beijos de brilhantes!

E olha que quando estou na porta do inferno ainda consigo cantar e morrer de rir com o dedo em "V"...

DANÇE COMO LOUCO!
SEJA LOUCO SEM SER LOUCO!
POIS LOUCURA É APELIDO!

E QUE ASSIM SEJA!!!!!!!

SARAVÁ!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!